quarta-feira, 30 de setembro de 2020

"Nasci em Ourém, de parto normal..."

 Durante a minha infância, todos os anos, minha mãe pedia seu período de férias no mesmo período das férias escolares para podermos viajar todos juntos. Geralmente íamos para o interior, visitar nossas tias, que moravam em sítio e aquela era nossa maior diversão, momento mais esperado do ano. Minha mãe passava o ano inteiro juntado doações pra levar, roupas, sapatos, itens de cozinha e tudo enquanto.

Íamos de ônibus e, em uma dessas viagens, sentou-se um senhor ao meu lado e conversou comigo:

Ele disse: Onde você mora?

E eu respondi: Na minha casa... (risos)

E ele disse: Onde você nasceu?

E eu respondi: Eu nasci em Ourém, de parto normal. (risos)

Não sei de onde nem como uma criança de 05 anos fala um negócio desses, mas minha mãe disse que quase se enterra de vergonha. E essa história é falada entre nós até hoje, acompanhada de muita risada.

...

Então, minha família é a típica família brasileira, meu pai nasceu no interior do Maranhão, minha avó paterna era do Ceará e meu avô paterno também do Maranhão. A ascendência deles é incerta, meus tios não sabem e nem meu pai. Minha mãe nasceu no interior do Pará, e minha avó também, sabe-se que a ascendência da minha avó é indígena e do meu avô é portuguesa, ou seja, somos brasileiros natos, sem sombra de dúvida.

E o mais orgulho, somos paraenses, amazônicos e amamos nossa região, amamos a floresta, os rios, as árvores, a cultura, a gastronomia, o folclore, peculiar dessa região.

Tenho dois irmãos mais novos, uma irmã e um irmão. 

Nasci em 21 de outubro de 1984, típica Libriana, sonhadora, sensível, indecisa e cultivadora da justiça e da paz.

Nós vivemos em Capanema, cidade em que meus irmãos nasceram, por 14 anos, ou seja, durante o período que durou o casamento dos meus pais. Sim! Meus pais se separaram muito cedo. E, devido ao trabalho da minha mãe, nossa vida foi meio nômade, viajamos pelos quatro cantos do Pará que, de certo modo foi um período enriquecedor de conhecimento e cultura, uma vez que a grandiosidade do Pará não se estende apenas em extensão territorial, cada canto tem um misto de cultura também.

E pra esse texto, já vale, senão a história se prolonga e o espaço não permite textos em formato de livros...ahahahah...


Como sou uma poeta amadora que ama a música em poesia cantada do Teatro Mágico, deixo mais uma canção de referência:

Ana e o Mar



terça-feira, 29 de setembro de 2020

De onde surgiu a ideia do blog?



Desde que aprendi a escrever, desde que "me entendo como gente", eu amo escrever. Quando adolescente, colecionava agendas, diários, e detalhava meu dia-a-dia e minhas rotinas naquele espaço e fazia isso durante todo o ano. Desenhava, colava, pintava...

No entanto, o papel, com o passar do tempo se deforma e aqueles registros foram perdidos.  Ficaram na memória, claro.

Em meados de 2005, abri um blog aqui mesmo no "blogger", que se chamava "Vocábulo Disperso", escrevia textos estilo poéticos, também com retratos do dia-a-dia. 

Quando mudei pra São Paulo, era um mundo novo pra mim, a rotina da grande cidade era algo que, pra mim, merecia ser retratado em textos e eu fazia isso diariamente. No entanto, a correria de estudos e trabalho me deixou muito atarefada, estressada e num momento de puro impulso e revolta, acabei deletando os textos, sem salvar nada. Infelizmente...E lá vai eu perder outros registros de textos.

Mas, sempre me vinha a ideia de voltar a "colorir" o blog, tenho muitas histórias pra compartilhar e, quem escreve vai entender o que vou dizer, que, na maioria das vezes, pra um escritor, é libertar a alma da prisão de pensamentos sufocados.

E lá vamos nós...

Espero que esse espaço seja leve, apesar de que chegará o momento de falar sobre temas espinhosos, mas sempre tentarei descrever e transmitir, ao fim de tudo, empatia, resiliência, paz e superação. 

E ao fim de cada texto, deixarei uma reflexão maior, seja ela em música ou em citação de um autor direcionado e que admiro como referência.

 

Nesse primeiro texto de recomeço, a inspiração traz a música é "Sonho de uma flauta - O teatro Mágico.

 



Bem-vind@s novamente!!!

Com carinho,

Charlyane Silva.