Durante a minha infância, todos os anos, minha mãe pedia seu período de férias no mesmo período das férias escolares para podermos viajar todos juntos. Geralmente íamos para o interior, visitar nossas tias, que moravam em sítio e aquela era nossa maior diversão, momento mais esperado do ano. Minha mãe passava o ano inteiro juntado doações pra levar, roupas, sapatos, itens de cozinha e tudo enquanto.
Íamos de ônibus e, em uma dessas viagens, sentou-se um senhor ao meu lado e conversou comigo:
Ele disse: Onde você mora?
E eu respondi: Na minha casa... (risos)
E ele disse: Onde você nasceu?
E eu respondi: Eu nasci em Ourém, de parto normal. (risos)
Não sei de onde nem como uma criança de 05 anos fala um negócio desses, mas minha mãe disse que quase se enterra de vergonha. E essa história é falada entre nós até hoje, acompanhada de muita risada.
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Então, minha família é a típica família brasileira, meu pai nasceu no interior do Maranhão, minha avó paterna era do Ceará e meu avô paterno também do Maranhão. A ascendência deles é incerta, meus tios não sabem e nem meu pai. Minha mãe nasceu no interior do Pará, e minha avó também, sabe-se que a ascendência da minha avó é indígena e do meu avô é portuguesa, ou seja, somos brasileiros natos, sem sombra de dúvida.
E o mais orgulho, somos paraenses, amazônicos e amamos nossa região, amamos a floresta, os rios, as árvores, a cultura, a gastronomia, o folclore, peculiar dessa região.
Tenho dois irmãos mais novos, uma irmã e um irmão.
Nasci em 21 de outubro de 1984, típica Libriana, sonhadora, sensível, indecisa e cultivadora da justiça e da paz.
Nós vivemos em Capanema, cidade em que meus irmãos nasceram, por 14 anos, ou seja, durante o período que durou o casamento dos meus pais. Sim! Meus pais se separaram muito cedo. E, devido ao trabalho da minha mãe, nossa vida foi meio nômade, viajamos pelos quatro cantos do Pará que, de certo modo foi um período enriquecedor de conhecimento e cultura, uma vez que a grandiosidade do Pará não se estende apenas em extensão territorial, cada canto tem um misto de cultura também.
E pra esse texto, já vale, senão a história se prolonga e o espaço não permite textos em formato de livros...ahahahah...
Como sou uma poeta amadora que ama a música em poesia cantada do Teatro Mágico, deixo mais uma canção de referência:
Ana e o Mar